quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Antigo depósito de lixo é transformado em parque ecológico na favela do Vidigal – RJ




 Foto: Reprodução\ Facebook 2

No alto do morro do Vidigal, zona sul do Rio de Janeiro, 16 toneladas de lixo se acumulavam por 25 anos. Mauro Quintanilha, um musico e artesao morador da favela, teve a ideia de limpar o lixão em 2005, ao lembrar que a área era um sítio na sua infância.
“Todo mundo lá de cima vinha jogar o lixo aqui. Tinha de tudo: televisão, fogão, geladeira, animais mortos... No verão, era um mau cheiro danado. Eu ficava com vergonha de morar aqui. Pensei até em ir embora do Vidigal, mas, ao mesmo tempo, pensava neste lugar lindo”, lembra Mauro. Ele então procurou a Comlurb e a Associação de Moradores, que, na época, não se mobilizaram para resolver o problema. Com a ajuda de um vizinho, Paulo Almeida, ele começou a limpar a área. “Nós começamos a tirar o cipó com dois facões cegos, sem luva, sem proteção, sem nada. Ficamos mais ou menos um ano fazendo assim, até que apareceram outros voluntários, que foram se revezando ao longo dos anos”, conta. Almeida hoje é coordenador dos garis comunitários.
Aos poucos mais voluntários foram surgindo, mas as pessoas continuavam com o triste habito de jogar lixo no local. Então tiveram que retirar o lixo mais rápido do que ele era despejado e aos poucos a comunidade foi tomando consciência. “Hoje eles são nossos amigos, vêm colher os alimentos que a gente planta aqui. A transformação do lugar também transformou as pessoas”, comemora Quintanilha.
Através de reciclagem de materiais encontrados no lixão, contando com ajuda do Jardim Botânico para a doação das primeiras mudas e a chegada de um arquiteto pós-graduado em Harvard, o parque ecológico ganhou o reconhecimento de primeira agrofloresta do Rio de Janeiro em 2012 e, a partir de então, o projeto só cresceu. 
Foi assim que surgiu o Parque Ecológico e Instituto Sitiê, termo formado a partir da mescla das palavras "sítio" com "Tiê-Sangue", pássaro nativo que caracteriza o local.
“O mais bonito foi tirar o lixo e recuperar a terra. Então, o foco do Sitiê é isso. Transformar lixões crônicos em lugares assim, em projetos genuinamente da comunidade”, disse Mauro.

 Fotos: Aluizio Peçanha
 Mudas da horta são distribuídas aos moradores (Fotos: Aluizio Peçanha)
Mauro Quintanilha teve a ajuda do vizinho Paulo 

Alguns espaços são verdadeiras obras de arte

 Fotos: Roberta Machado
 Fotos: Roberta Machado
 Fotos: Roberta Machado
 Fotos: Roberta Machado

Além da beleza do parque ecológico, o Sitiê revela a criatividade na transformação do lixo

(Imagem: arqfuturo)
 (Imagem: arqfuturo)
 (Imagem: arqfuturo)

No centro do parque foi erguida uma muralha de 386 pneus e 23 toneladas, que ajuda a conter a água das chuvas, temida por provocar deslizamentos de terra, e que foi pensada também para ser um ponto de encontro dos moradores e palco de atividades culturais.
Poucos metros adiante, num ponto que, no passado, serviu de rota de fuga para traficantes armados, está um mirante do qual se admira a mais bela vista das praias de Ipanema e do Leblon.

No mirante que era passagem de traficantes, o casal Cristo e, à direita, Mauro Quintanilla (Foto: Fabio Motta/Estadão)

A ocupação dos espaços públicos, em especial pelas crianças, é um antídoto contra a violência, acredita o arquiteto, que sonha com o título de “primeira favela integrada e sustentável do mundo” para o Vidigal. “Se os moradores fossem ricos, isso queria seria Mônaco. Estamos do lado do metro quadrado mais caro do Brasil (o bairro do Leblon). Não tem por que não acreditar no potencial do Vidigal como hub (polo) de inovação”.

Textos retirados e adaptados das paginas:
  • http://brasil.estadao.com.br/blogs/estadao-rio/parque-ecologico-no-alto-do-morro-do-vidigal-e-premiado-nos-eua/
  • http://www.ambientelegal.com.br/lixao-vira-parque-em-favela-carioca/
  • http://vivafavela.com.br/576-deposito-de-lixo-vira-parque-no-vidigal/




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Hortas x pequenos espaços: Será possível?

Se você mora em um apartamento ou em locais onde o espaço seja reduzido, providencie vasos e floreiras para começar a sua mini-horta, além de escolher um local que tenha pelo menos 3 horas de luz solar. A luz do sol é necessária, principalmente o sol da manhã. Se o seu espaço possui uma varanda, é o ideal. Jardineiras e vasos com drenagem (que não acumulem muita água) são a melhor opção. Caso o espaço seja limitado, uma hortinha vertical com bolsas vivas é o mais indicado, basta colocar terra por baixo e plantar seus temperinhos. Lembre-se de regar sua horta todos os dias, mas sem exagerar na quantidade de água.


Como fazer uma horta num apartamento pequeno?

As bolsavivas (bolsas próprias para jardins verticais forma mais fácil, rápida e de baixo custo desenvolvidas com 70% de material reciclável), são a melhor opção para espaços pequenos. Você pode instalá-las em qualquer parede do apartamento ou da casa. Elas são compostas de duas camadas de tecidos, interna impermeabilizante e externa de tecido pet 100% reciclado que é responsável por absorver e fornecer a respiração para que o excesso de água evapore mantendo o desenvolvimento saudável das plantas. Além disso, elas podem ser facilmente removidas e transferidas para outro local. Se a opção vertical não agrada muito, a sacada, o parapeito e a varanda podem abrigar a sua horta, além de ter a luz solar garantida.



Quais ervas/temperos são mais aconselháveis para plantar? Por quê?

Pergunte-se quais temperos serão mais úteis na hora de cozinhar, além de levar em consideração quais deles são mais resistentes ao nosso clima, como: alecrim, manjericão, hortelã, orégano, tomilho, sálvia, pimenta e salsão.


Como devem ser os vasos?

Os vasos podem ser de qualquer tamanho, dependendo da área destinada para os temperos, pequenos, médios ou grandes. Também podem ser montadas em jardineiras, mas é importante separar bem as ervinhas, já que cada uma requer um cuidado especial. Neste caso, é importante fazer uma boa drenagem nos vasos, que deve ser feita com pedrinhas no fundo. No jardim vertical, pode ser montada diretamente na Bolsaviva.



Plantio

Não plante muitas mudas diferentes no mesmo canteiro. Junte as que têm necessidades parecidas, como os temperos (salsinha e cebolinha; alecrim e manjericão) ou legumes (cenoura e beterraba) da mesma família.

Quando e como devo regar a horta?

Os temperos precisam ser regados todos os dias, sempre no início da manhã ou no final da tarde. Evite sempre o meio do dia, porque o sol é mais forte. Escolha os horários mais amenos. A quantidade de água tem que ser medida conforme o tamanho dos vasos.



De quanto em quanto tempo deve ser adubado?

Como os temperos são utilizados para consumo,  o indicado é o adubo orgânico. A adubação pode ser feita a cada 30 dias.

Quais as dicas para cuidar da horta?

Regar todos os dias na quantidade adequada para cada tamanho de vaso, ficar atento quanto à incidência do sol e utilizar o adubo orgânico.



O que não posso fazer com a horta no apartamento?

  • Não adubar
  • Esquecer de regar, exagerar no volume de água e deixar em local sombreado
  • Não preparar a drenagem dos vasos
  • Plantar várias ervinhas diferentes no mesmo vaso ou jardineira
  • Não retirar as ervas daninhas

Escolha o tempero que mais combina com o seu dia-a-dia:

Manjericão: prefere temperaturas mais altas ou, pelo menos, amenas. É bom se informar sobre as peculiaridades dos diferentes tipos. O manjericão roxo, por exemplo, não gosta de muito sol. É ótimo para acompanhar pratos da cozinha italiana, como pizzas e molhos para massas.
Alecrim: como é uma planta muito resistente, é ideal para quem não tem muito tempo para cuidar da horta. Adaptado a climas mais quentes e secos, pode passar até três dias sem ser regado. É ideal para temperar carnes, especialmente peixe e frango.
Salsão: resiste bem ao inverno e precisa ser regada diariamente para se desenvolver. Usada em sopas, saladas, omeletes e sanduíches.
Hortelã: como as raízes são mais profundas que as das demais ervas, deve-se sempre plantá-la sozinha em um vaso, para não prejudicar o desenvolvimento das outras plantas. Bastante apreciada pela culinária árabe, vai bem em assados e grelhados e pode ser usada na decoração de pratos e no preparo de chás.
Orégano: se adapta bem em vários ambientes e exige pouca água para se desenvolver. Conhecido por seu uso em pizzas, o orégano também pode ser utilizado em molhos e assados.
Pimenta: resistente, é uma planta que gosta de espaço para se desenvolver. Vale a pena plantá-la sozinha na floreira, para que consiga crescer rapidamente. Com seu sabor picante, vai bem em molhos, conservas e temperos.
Sálvia: resiste bem às baixas temperaturas, então se dá bem no inverno. É ideal para quem não tem muito tempo para cuidar, porque pode ser regada a cada dois dias. É usada principalmente para a decoração de pratos e para temperar carnes mais gordurosas, como carne de caça.
Tomilho: é do tipo que não gosta de muita água e pode ser regado a cada dois dias. Uma dica importante: quanto menor a umidade no vaso, mais cheiroso o tomilho fica. Usado principalmente em ensopados e molhos à base de vinho.




Por Camila Faria
Referências:
http://institutoecoacao.blogspot.com.br/2015/01/aprenda-fazer-uma-horta-organica-dentro.html
http://www.coletivogourmet.com.br/modos-de-fazer/temperos-frescos-em-casa/

http://www.bolsaviva.com.br/